Bangkok again
Nem havia me acomodado no assento direito e o motorista do tuc-tuc já saiu falando "Aqui na Tailândia só tem duas estações: quente e mais quente ainda". Com certeza falou isso depois de me enxergar pelo espelho retrovisor completamente lavado de suor. Eram 11h horas da manhã e eu tinha acabado de largar minha mochila no hotel depois de chegar do aeroporto.
O calor que encontrei nessa minha segunda ida à Bangkok foi algo fora do comum. Por dia se foram uma média de três camisetas. Tomava um banho frio ao acordar e outro antes de dormir. Sem falar que no meio da tarde toda vez que eu passava perto do hotel dava um pulo no quarto pra tomar outra ducha.
Quando uso a palavra "hotel" estou sendo generosíssimo! Quem já foi sabe, se vc está mochilando e com grana curta não tem pq gastar com frescura na hospedagem. Afinal o quarto só vai ser usado para dormir e acordar. Os tailandeses sabem disso e por isso "capricham" nesse tipo de serviço.
Os hoteis e guest houses para mochileiros são basicamente pulgueiros, quase cortiços. No meu quarto requisitei somente dois "luxos": double bed e banheiro dentro. A ducha é fria pois não existe razão pra gastar com água quente com aquele calor. Também existe a opção de ar-condicionado e ventilador no teto. O segundo é o mais barato, é claro.
O bom foi que chegando no quarto descobri um outro item a qual eu não havia pedido: janelas. Sim, em alguns casos vc vai pagar mais por um quarto com janelas. Mas tirando isso e o calor de colar a camisa nas costas a viagem serviu pra me dar a certeza de que a cidade é realmente fantástica. Se pudesse escolher trocaria a monotonia quase religiosa de Kuala Lumpur pelo barulho e a poluição de Bangkok sem pensar duas vezes.
Talvez essa minha preferência seja porque desde que estou por aqui a cidade é o lugar mais parecido com o Brasil que encontrei . KL não tem vida própria, parece mecânica, tudo no lugar, na hora certa. Já Bangkok é correria pura. Muita gente, comida de rua maravilhosa e sempre um lugar interessante pra se visitar.
Mesmo a Tailândia estando longe de ser um país de primeiro mundo sua capital exibe nos traços futuristas de arranha-céus e avenidas e no famoso Sky-Train sinais de uma cidade moderna e um país supostamente desenvolvido.
Grande parte desse pseudo desenvolvimento começou a surgir durante a guerra do Vietnã, quando o país se aliou aos Estados Unidos fornecendo tropas no patrulhamento da fronteira com o Laos e o Cambodia e reprimindo internamente qualquer movimento político de apoio aos comunistas dos países vizinho. Junto com isso a cidade se tornou uma espécie de playground para os soldados americanos que durante as folgas viajavam aos milhares para desfrutar os prazeres de Bangkok e fomentar o então crescente turismo sexual do país.
Em retribuição os Estados Unidos investiram muito dinheiro na cidade fazendo emergir uma classe média grande o suficiente para comprar os produtos de empresas americanas estratégicamente instaladas lá para suprir as necessidades de consumo dessa mesma classe média. O resultado disso ao longo dos anos foi o surgimento de uma metrópole de seis milhões de habitantes com ares de primeiro-mundo porém refletindo uma realidade econômica distorcida, bem diferente do resto do país ainda pobre e atrasado.
O calor que encontrei nessa minha segunda ida à Bangkok foi algo fora do comum. Por dia se foram uma média de três camisetas. Tomava um banho frio ao acordar e outro antes de dormir. Sem falar que no meio da tarde toda vez que eu passava perto do hotel dava um pulo no quarto pra tomar outra ducha.
Quando uso a palavra "hotel" estou sendo generosíssimo! Quem já foi sabe, se vc está mochilando e com grana curta não tem pq gastar com frescura na hospedagem. Afinal o quarto só vai ser usado para dormir e acordar. Os tailandeses sabem disso e por isso "capricham" nesse tipo de serviço.
Os hoteis e guest houses para mochileiros são basicamente pulgueiros, quase cortiços. No meu quarto requisitei somente dois "luxos": double bed e banheiro dentro. A ducha é fria pois não existe razão pra gastar com água quente com aquele calor. Também existe a opção de ar-condicionado e ventilador no teto. O segundo é o mais barato, é claro.
O bom foi que chegando no quarto descobri um outro item a qual eu não havia pedido: janelas. Sim, em alguns casos vc vai pagar mais por um quarto com janelas. Mas tirando isso e o calor de colar a camisa nas costas a viagem serviu pra me dar a certeza de que a cidade é realmente fantástica. Se pudesse escolher trocaria a monotonia quase religiosa de Kuala Lumpur pelo barulho e a poluição de Bangkok sem pensar duas vezes.
Talvez essa minha preferência seja porque desde que estou por aqui a cidade é o lugar mais parecido com o Brasil que encontrei . KL não tem vida própria, parece mecânica, tudo no lugar, na hora certa. Já Bangkok é correria pura. Muita gente, comida de rua maravilhosa e sempre um lugar interessante pra se visitar.
Mesmo a Tailândia estando longe de ser um país de primeiro mundo sua capital exibe nos traços futuristas de arranha-céus e avenidas e no famoso Sky-Train sinais de uma cidade moderna e um país supostamente desenvolvido.
Grande parte desse pseudo desenvolvimento começou a surgir durante a guerra do Vietnã, quando o país se aliou aos Estados Unidos fornecendo tropas no patrulhamento da fronteira com o Laos e o Cambodia e reprimindo internamente qualquer movimento político de apoio aos comunistas dos países vizinho. Junto com isso a cidade se tornou uma espécie de playground para os soldados americanos que durante as folgas viajavam aos milhares para desfrutar os prazeres de Bangkok e fomentar o então crescente turismo sexual do país.
Em retribuição os Estados Unidos investiram muito dinheiro na cidade fazendo emergir uma classe média grande o suficiente para comprar os produtos de empresas americanas estratégicamente instaladas lá para suprir as necessidades de consumo dessa mesma classe média. O resultado disso ao longo dos anos foi o surgimento de uma metrópole de seis milhões de habitantes com ares de primeiro-mundo porém refletindo uma realidade econômica distorcida, bem diferente do resto do país ainda pobre e atrasado.
3 Comments:
Hey edu, nice to hear from you. Your pix are amazing.
xoxo
Susan
Tá, mas e vc volta quando?
Sérgio
Vai organizar uma exposição na volta pelo jeito. Lindas as fotos.
Daniele
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